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A cada dia, nosso cérebro é exposto a um grande número de estímulos, muitos dos quais passam desapercebidos, outros são prontamente fadados ao esquecimento e alguns, intencionalmente ou não, se transformam em memórias. É assim que nossa mente opera com os conteúdos vistos em sala de aula. Saber como transformá-los em conhecimento, ou seja, memória de longa duração, é um importante desafio.

Afinal, durante toda a vida, os jovens vivenciam variados aspectos, desde os acadêmicos até os tradicionais do dia a dia. Pensando no cenário escolar, os estudantes aprendem sobre temas e conceitos bem variados, ou seja, é preciso que esses ensinamentos sejam sempre revividos, principalmente para que se tornem memórias e conhecimento.

Desse modo, entra em pauta a importância da revisão dos conteúdos aprendidos. Veja algumas estratégias!

1 – Reveja as anotações dos conteúdos

É normal que durante a aula o aluno faça muitas anotações, principalmente de tópicos que estão na lousa ou que são falados pelo próprio professor. Desse modo, ao chegar em casa é bom fazer uma revisão de tudo o que foi anotado.

Mas de que forma isso ajuda? É simples, ao rever o que foi escrito logo na sequência da aula, o conteúdo ainda estará quente, então o estudante poderá aprimorar o que foi anotado, bem como poderá pesquisar mais acerca do conteúdo central da aula.

Para ilustrar melhor esse ponto, conversamos com o consultor pedagógico e Professor de História do Grupo Etapa, Eduardo Sisti:

“Pesquisar outras informações a respeito de um tópico abordado em sala de aula é um recurso crucial à aprendizagem. Sabemos, hoje, que a mente humana aprende mais e melhor quando confrontada com a mesma informação a partir de diferentes linguagens e estímulos. Ou seja, é necessário que o aluno desenvolva autonomia e tenha curiosidade frente ao objeto de conhecimento, não se limitando à exposição do professor, que realiza um importante trabalho de sistematização dos conteúdos e orientação dos próximos passos a serem realizados.” 

Caso não tenha tempo de fazer pesquisas mais aprofundadas, o ideal é que o estudante avalie e ‘confronte’ suas anotações com uma leitura atenta da apostila. Outra boa maneira é por meio da resolução dos exercícios propostos, também a partir da consulta a suas anotações e/ou à apostila.

2 – Varie os métodos de revisão

Você sabia que não existe apenas um método de revisão? Existem diferentes formas, principalmente para que você teste e escolha aquela que mais se adequa a sua realidade e ao seu tempo disponível. Alguns dos mais conhecidos são:

  • Método baseado no estudo de Ebbinghaus;
  • Método de Revisão Contínua;
  • Entre outros.

Sobre o primeiro, baseado no estudo de Ebbinghaus, a ideia é que você faça a revisão do conteúdo em períodos marcados, que são 24 horas, sete dias, um mês e seis meses. Ou seja, você revisará o material pela primeira vez dentro do prazo de um dia, depois novamente em sete dias e depois 1 vez por mês até completar 6 meses.

Com relação ao segundo tópico, que é a revisão contínua, a ideia é que você revise assim que finalizar o tema. Então imagine que você finalizou o aprendizado sobre a primeira lei de Newton, antes de começar a próxima, o ideal é que você revise o que foi aprendido.

Inclusive, o material do Sistema Etapa utiliza a proposta da Espiral Crescente, que conduz essa prática citada, por meio dos exercícios propostos, os quais abordam não apenas o tema atual da aula, mas procuram dialogar com aquilo que se imagina serem os conhecimentos desenvolvidos anteriormente.

3 – Utilize dinâmicas na revisão de conteúdos

O processo de revisão deve ser leve e prazeroso para os estudantes. Por isso, é possível apostar em algumas ações, por exemplo: perguntas e respostas sobre os conceitos aprendidos em aula.

Para isso, formule perguntas com base no que está revisando, e na sequência, responda essas questões. Assim você conseguirá entender os tópicos dos quais já tem domínio e o que precisa aprimorar.

Inclusive, Eduardo Sisti trouxe mais algumas ideias interessantes e que podem ser adotadas por você:

“Anotação das lembranças da aula: sem o apoio do material didático ou qualquer outro recurso textual, o aluno cria uma versão própria – resumo ou fichamento – daquilo que foi abordado pelo professor em sala de aula. Provavelmente o aluno irá observar alguma dificuldade inicial, pois grande parte do que foi exposto pelo professor não constará na versão elaborada. Entretanto, a prática estimula a memória de longa duração e condiciona o estudante a manter um elevado nível de atenção durante as aulas. Flashcards: a partir da utilização de simples cartas de papel, o aluno registra informações que considera relevantes à matéria. De um lado, anota um conceito ou conteúdo (ex: “função da mitocôndria”) e do outro, a resposta (“responsável pelo processo de respiração celular”). A proposta pode ter grande apelo ao estudante, pois estrutura-se de forma dinâmica e divertida. Explicar o conteúdo: seja para um amigo ou um familiar, o aluno pode elaborar um roteiro de explicação de um determinado assunto para explicá-lo de forma clara e didática, simulando parte do ofício do professor. É comum que, durante a exposição, surjam dúvidas sobre certas passagens do conteúdo. Por essa razão, considera-se esse método eficiente para a identificação das próprias lacunas e defasagens, o que estimula o aluno a revisitar o tema e repensar suas estratégias. Do ponto de vista neurocientífico, ao explicar a matéria a uma outra pessoa, o indivíduo conhece uma sensação imediata de prazer ao ser compreendido, o que é motivador.”

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Conclusão

A revisão dos conteúdos aprendidos é um aspecto importante para a consolidação do conhecimento acadêmico. Este processo reforça as informações e permite a identificação de lacunas no entendimento.

A utilização de estratégias eficazes, como a revisão das anotações, a variação de métodos de revisão e a aplicação de dinâmicas interativas, contribui para maximizar o aprendizado e alcançar melhores resultados na jornada estudantil. 

Ao adotar essas práticas de forma consistente, existe um investimento no desenvolvimento de habilidades de estudo autônomo e na construção de uma base sólida de conhecimento para o futuro.