Por Lívia Trimer Castro
Os transtornos que acometem o neurodesenvolvimento infantil tiveram as discussões ampliadas. Inclusive, os manuais diagnósticos elevaram a confiabilidade dos diagnósticos e estimularam uma amplitude de pesquisas.
Pensando no desenvolvimento infanto-juvenil, muitas dificuldades apresentadas por crianças e jovens se desvelam frequentemente no âmbito escolar, a busca de informação por parte do corpo docente é uma das bases para a atuação ética, favorecendo a ampliação do conhecimento, a identificação precoce de dificuldades e prevenção de riscos ao desenvolvimento infanto-juvenil.
O TEA se configura como um dos transtornos do neurodesenvolvimento, você sabia?
O Transtorno do Espectro Autista engloba déficits persistentes na comunicação social e na interação social, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação e em habilidades interpessoais.
Outro ponto importante é que no TEA há padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e/ou atividades. O diagnóstico deve ser realizado com minúcia e levando em consideração o desenvolvimento e a história de vida do indivíduo.
Outro transtorno do neurodesenvolvimento é o TDAH. Você sabe identificá-lo?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade.
Os critérios para diagnóstico englobam padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento, causando impactos negativos diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais.
Já o TOD, é um transtorno disruptivo…
Os transtornos disruptivos envolvem problemas de autocontrole de emoções e de comportamentos. O Transtorno de Oposição Desafiante (TOD) aparece com frequência dentro do contexto escolar e se apresenta como um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses.
E como trabalhar com os transtornos dentro do contexto escolar?
Antes de ter estratégias mais bem elaboradas, é preciso conhecer o seu aluno, reconhecer as suas potencialidades e habilidades. Desta forma você terá base para trabalhar as limitações e os comportamentos específicos que esperamos que melhorem.
A partir de uma avaliação individualizada é possível estabelecer intervenções mais específicas e singulares para aquela criança, portanto o olhar individualizado é essencial para se estabelecer propostas de trabalho.
Outro ponto importante é promover motivação, suporte e encorajamento para que haja engajamento em tarefas de forma genuína. Além disso, é recomendado que a criança tenha uma pessoa de referência na escola para lhe oferecer acolhida em situações tempestuosas dentro do contexto escolar.
E os alunos que apresentam problemas comportamentais, como auxiliá-los?
Uma estratégia que auxilia na atenção, inibição comportamental e autoestima do aluno é convidá-lo para ser ajudante da sala e diante disso designar responsabilidades para que a criança.
Outro recurso seria estabelecer um “combinado” com o aluno, em que a criança se compromete reduzir os comportamentos inadequados e ao cumpri-lo poderá ter recompensas imediatas pelos comportamentos adequados.
Estas recompensas podem ser simples como ganhar adesivos, receber elogios, escolher o brinquedo da caixa lúdica etc. A parceria ativa com estas crianças é a base para a melhora comportamental e de aprendizado.
Cada criança é singular, não há uma fórmula única para lidar com elas!
Portanto, apoie o aluno de maneira positiva, valorize os pequenos ganhos e elabore metas acessíveis para a criança. O aprendizado e a educação nos exige uma busca constante, deste modo busquem informações, reinventem-se!