O processo de aprender a ler e escrever começa já na Educação Infantil, de maneira mais lúdica, com interação social e com uso de atividades variadas, principalmente para que as crianças consigam decodificar as letras (leitura) e codificá-las (escrita).
Inclusive, está previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que a alfabetização ocorre na Educação Infantil, no 1º e 2º ano, principalmente. Mas é claro que isso tem continuação no Ensino Fundamental anos iniciais, com estímulos de leitura e escrita de forma mais independente.
E é claro que incentivar a independência neste processo também é uma ação importante, visando que o estudante tenha um domínio maior das práticas de alfabetização e letramento, como explica a Assessora Pedagógica do Sistema Etapa, Crislaine Costa:
“Quando os alunos são estimulados a assumir a responsabilidade pela sua própria aprendizagem, eles se tornam mais autônomos, capazes de explorar temas de interesse pessoal e aprender de forma independente. Essa independência alimenta a confiança, à medida que eles enfrentam desafios e resolvem problemas por conta própria. Além disso, a autonomia promove o pensamento crítico e a tomada de decisões. Ao se tornarem aprendizes ativos e autossuficientes, os alunos não apenas adquirem conhecimento, mas também desenvolvem habilidades de resiliência e adaptabilidade que os beneficiarão em sua jornada educacional.”
Então, durante todo o processo, é interessante que a alfabetização e o letramento sejam abordados estrategicamente para proporcionar um amplo e bom desenvolvimento para as crianças.
Dicas práticas para a Educação Infantil
Quando pensamos sobre ‘qual o momento de começar o processo de alfabetização e letramento?’, a resposta sempre será: o quanto antes! Os estímulos podem começar desde casa, com o auxílio dos pais, para serem expandidos na escola, junto dos professores.
Existem, inclusive, materiais interessantes que podem ser utilizados nos dois cenários, o da casa e o da escola, por exemplo:
- Varal de letras;
- Livros infantis;
- Quebra-cabeça de letras;
- Atividades impressas ou na lousa de desenho de letras;
- Entre outros.
O importante é não deixar de estimular o desenvolvimento das crianças, ainda mais pensando que existem quatro fases pelas quais elas passam até estarem alfabetizadas.
A primeira é a pré-silábica, ou seja, aquela na qual o relacionamento entre as letras e os sons começa a ser desenvolvido; a silábica, onde a criança reconhece que a escrita representa a linguagem oral e que as palavras são compostas por sílabas; a silábica-alfabética, em que a criança começa a perceber que podem existir mais de um fonema dentro de uma única sílaba; e a alfabética, fase na qual o aluno passa a reproduzir adequadamente todos os fonemas de uma palavra, percebendo o modo de construção do código da escrita.
Durante todas essas fases, o apoio dos itens citados e também de um bom material didático se faz necessário, para que o desenvolvimento da criança seja o melhor possível, visando os próximos passos da jornada acadêmica.
Considerações finais
A interação com o mundo melhora consideravelmente quando a criança é alfabetizada e letrada, conforme comenta Crislaine Costa:
“Quando a criança desenvolve suas habilidades de leitura e escrita e compreende como utilizá-las de maneira eficaz, abre-se um mundo de possibilidades para ela. Não apenas ela passa a compreender textos e se comunicar de forma mais assertiva, mas também se torna capaz de aplicar essas habilidades em situações reais. Ela pode analisar informações, participar de debates e discussões, e assim se manter informada, contribuir para a comunidade e compreender diferentes perspectivas. Esse engajamento mais profundo e significativo é o que impulsiona o crescimento e o desenvolvimento da criança.”
De qualquer forma, estes processos não podem ser feitos com pressa, é preciso que toda a introdução e desenvolvimento sejam de acordo com a realidade de cada criança, respeitando possíveis obstáculos que eles estejam enfrentando.
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