O termo Cultura Maker pode trazer algumas dúvidas, principalmente se o unirmos com o universo da robótica dentro do ambiente escolar. Entretanto, os dois conceitos têm mais conexão do que é possível imaginar, como explica João Chequin, Técnico Maker do Colégio Etapa de Valinhos:
“A cultura maker e a robótica são irmãs, porque as duas andam muito juntas. A robótica é uma disciplina que envolve essa parte de criação também, por isso, acredito que a cultura maker veio para complementar, porque além de já trabalhar a parte de eletrônica e criação, também entra uma parte de engenharia. Digo isso porque os alunos vão ter contato com softwares de CAD, com técnicas de fabricação digital e com os equipamentos. Esse contato, antes da cultura maker, não acontecia.”
Essa união entre os conceitos é muito importante, pois, como vimos anteriormente, possibilita que os alunos tenham uma imersão, aprendendo sobre áreas que, sem o maker e a robótica juntos, não seria possível. Porém a importância disso vai além, como conta o Professor de Robótica do Colégio Etapa de Valinhos, Felipe Silva:
“É essencial ter o espaço maker e a robótica juntos, porque chega um momento que você esgota as possibilidades de ensinar a matéria apenas com peças prontas. Então é importante ter o maker para possibilitar um avanço maior no conteúdo da robótica, porque é possível transformar a ideia em algo concreto.”
A união entre cultura maker e robótica
Tendo em vista que a cultura/movimento maker busca introduzir o ‘faça você mesmo’ na vida dos alunos, a robótica chega como uma forte aliada, principalmente por proporcionar liberdade de criação, fazendo com que os estudantes testem e pensem em novas soluções.
Uma coisa é fato, os alunos aprendem mais quando colocam em prática tudo o que viram na teoria, até porque é nesse momento de ação que eles têm mais liberdade, bem como podem deixar o medo de lado para produzir itens variados.
Entretanto, é importante reforçar que a aula de robótica atua em frentes variadas, fazendo com que a cultura maker possa ser aplicada em momentos e formas diferentes, criando assim um conhecimento mais amplo para os estudantes. As principais áreas são:
- Mecânica;
- Eletrônica;
- Programação.
Analisando as frentes que trouxemos, é possível dizer que a união entre elas e a cultura maker pode oferecer para os alunos uma melhor coordenação motora, uma boa relação de grupo, conhecimentos avançados em novas áreas e outros pontos que serão abordados na sequência.
Uma junção de benefícios
Como visto, a união entre cultura maker e robótica é uma boa pedida, principalmente visando o desenvolvimento dos alunos, assim como o desenvolvimento de competências bastante necessárias para eles, entre as principais estão:
- Combinação de teoria e prática;
- Desenvolvimento de postura de liderança;
- Desenvolvimento de pensamento mais lógico;
- Aplicação da tecnologia na rotina.
Além dos benefícios para os estudantes, que passam a aplicar a criatividade nos seus projetos, as instituições que apostam nessa combinação também garantem diferenciais, é o que explica o professor Felipe Silva:
“Eu acredito que a união seja uma auxiliar, principalmente porque conseguimos expandir ainda mais o campo da robótica, e isso gera um ganho, principalmente pensando pelo ramo da psicopedagogia. O maker possibilita que os conteúdos, até então mais abstratos, sejam transformados em concretos, gerando uma estruturação na cabeça do aluno sobre o material.”
Makerbótica: a união ideal entre os conceitos
Falamos bastante sobre a união de conceitos neste artigo, e um bom exemplo é a disciplina eletiva de Makerbótica do Sistema ETAPA, que trabalha a parte de tentativa e erro da robótica, junto das opções que o maker oferece referentes à criatividade.
No fim, podemos dizer que a junção dos conceitos vem como uma alternativa para que a jornada do conhecimento dos estudantes seja mais completa!