cultura maker

Em algum momento da sua vida, provavelmente, você ouviu falar sobre ‘Do It Yourself’, ou, em português, ‘Faça Você Mesmo’. Como extensão desse termo, temos a Cultura Maker, que nada mais é do que pensar em soluções criativas para situações cotidianas.


No contexto escolar, a cultura maker passou a ganhar ainda mais força no século XXI, como explica João Chequin, Técnico Maker do Colégio Etapa de Valinhos:

“A cultura maker vem contra o movimento da Revolução Industrial, porque quando isso aconteceu as pessoas se acostumaram a consumir produtos prontos, e foram perdendo o contato com os trabalhos manuais. Atualmente, a cultura maker vem colocando novamente as pessoas em contato com ações manuais, e indo além do artesanato, acabou juntando a teoria e prática no cenário da educação.”

Ademais, uma coisa é fato, essa crescente também se deu por conta das diversas tecnologias e possibilidades que foram surgindo com o passar dos anos, por exemplo:

  • Acesso facilitado à internet;
  • Impressoras 3D;
  • Itens de robótica;
  • Máquinas de corte a laser;
  • Entre outros.

Após ver essa lista, você pode ter pensado em diversas possibilidades de criação, mas o investimento nestes materiais ainda não é tudo, pois o conhecimento técnico também se faz necessário, como aborda o professor de Robótica do Colégio Etapa de Valinhos, Felipe Silva:

“É essencial um conhecimento técnico, principalmente porque conforme vamos conhecendo mais da máquina, mais adquirimos domínio e descobrimos possibilidades. Se você não tiver o conhecimento técnico, não vai conseguir descobrir quais são as opções, porque está justamente ligado a isso: se trata de criar coisas, mas como criar sem saber o que aquela máquina faz ou pode me oferecer?”

Como a cultura maker é aplicada na rotina?

Hoje em dia é muito mais fácil estar informado, principalmente pela globalização da internet. Seguindo nessa linha, é possível afirmar que um dos impactos da cultura maker é facilitar as formas de criação.

Ou seja, o que antes era de uso apenas da indústria de produção, hoje pode estar relativamente fácil na mão do consumidor – que é também quem está ditando as regras dos negócios. Sendo assim, alguém com uma ideia na cabeça e com a tecnologia nas mãos pode fazer a diferença.

Inicialmente, a cultura maker pode parecer complexa e mais acessível na vida adulta, quando o indivíduo tem mais condições de fazer tal investimento, porém isso não é uma verdade absoluta, já que as escolas estão apostando nessa frente e inserindo os estudantes no universo maker.

Cultura Maker e educação caminhando juntas

A educação é a chave quando pensamos em mudanças e evoluções, já que precisamos dela para sermos e fazermos diferente. Tendo isso em vista, é importante ressaltar que os conceitos de cultura maker e a educação devem caminhar juntos, como reforça o professor Felipe Silva:

“O foco aqui é justamente a possibilidade do aluno criar as coisas, mas é claro que para isso ele precisa aprender, ter o domínio técnico dos equipamentos e dos softwares. Então, pensando em como isso agrega para a educação, é o ato de tornar o aluno protagonista, fazer com que ele consiga entender quais conhecimentos da sala de aula e do maker ele precisa para transformar uma ideia em realidade. Ou seja, tirar o aluno do papel de só receber o conhecimento pronto, para ser um criador, inclusive de coisas que ainda não existem.”

Portanto, podemos dizer que a cultura maker é capaz de inovar o modelo de educação, transformando o ambiente escolar em um local de prática de conhecimento e experimentação, como acontece nas metodologias ativas, que englobam:

  • Aprendizagem Baseada em Problema;
  • Aprendizagem Baseada em Projetos;
  • Sala de Aula Invertida;
  • Aprendizagem Baseada em Times;
  • Gamificação;
  • Design Thinking.

Por fim, a cultura maker é capaz de gerar diversos benefícios, tanto para os alunos quanto para a rotina acadêmica, como nos conta João Chequin:

“É possível alinhar a teoria e a prática, estimular a criatividade dos alunos e gerar uma integração, já que o professor não vai ser a única figura a ensinar todos os conteúdos, os estudantes também vão poder trocar informações, fortalecendo bastante o trabalho em grupo e a socialização. Outro ponto é a estimulação da persistência, porque o aluno terá que estudar, aplicar e, em caso de erro, entender qual foi o problema.”

Makerbótica: conheça mais!

Seguindo a linha do que foi dito, o Sistema ETAPA embarcou neste universo tecnológico, principalmente por meio da disciplina eletiva de Makerbótica, que é a junção das palavras ‘maker’ e ‘robótica’.

Trata-se de um curso que trabalha as pesquisas e experimentações da robótica, com toda a autonomia que a cultura maker oferece. Inclusive, os alunos que escolherem participar dessa disciplina podem conquistar muitos benefícios, por exemplo:

  • Planejamento aprimorado;
  • Raciocínio lógico;
  • Experimentação;
  • Solução de problemas;
  • Criatividade e inovação.

Ou seja, certamente essa é mais uma vertente para que a jornada em busca do conhecimento seja completa e cada vez mais aprimorada, formando alunos preparados para o futuro!